Faltando apenas 15 dias para o encerramento do primeiro semestre letivo, a Secretaria Municipal de Educação de Senador Canedo ainda não entregou uniformes para os estudantes da rede pública de ensino. Sem o item, várias escolas da cidade já flagraram adolescentes em sala de aula que não eram alunos da unidade, comprometendo a segurança no ambiente interno escolar e a segurança dos estudantes fora dos muro da escola.
Uma educadora disse que a falta do uso do uniforme dificulta a identificação dos estudantes, que ficam misturados a pessoas estranhas nos arredores das escolas. “Não dá para saber quem pode estar ameaçando a segurança dos nossos alunos. Se os estudantes estivessem de uniforme, o trabalho seria mais fácil”, contou a profissional ao Diário do Estado.
A diretora de outra unidade contou que a Prefeitura de Senador Canedo, comandada por Fernando Pellozo, chegou a anunciar a entrega dos uniformes nas redes sociais, mas a unidade não recebeu nem um ofício informando a data em que isso vai acontecer. “Deve ficar para o segundo semestre”, acredita. Segundo ela, depois do anúncio nas redes, os pais dos alunos ficam cobrando da diretoria da escola a entrega. “Eles não entendem que os uniformes não estão conosco na escola. Temos de explicar para cada pai e para cada mãe que é a Secretaria Municipal de Educação que é responsável pela distribuição dos uniformes”.
“Eles não entendem que os uniformes não estão conosco na escola. Temos de explicar para cada pai e para cada mãe que é a Secretaria Municipal de Educação que é responsável pela distribuição dos uniformes”.
Uma professora ainda lembra que nem todas as unidades da cidade voltaram com as aulas presenciais. “Eram oito escolas em regime de atendimento não presencial (Reanp) e, na terça-feira, 14, a Prefeitura reinaugurou um Cmei. “Era uma obra nova. Só não tinha móveis e agora compraram”, lembra. Das sete que ainda estão com aulas remotas, duas são de grande porte, a Escola Municipal Senador Canedo e a Luzia Maria. Ela conta que a maioria das que ainda estão com o ensino remoto não possui o número suficiente de servidores para a volta ao presencial.
“Aqui na nossa escola estavam faltando funcionários administrativos, para a limpeza, para a cozinha, e cuidadores para nossos alunos especiais. Estamos resolvendo aos poucos, mas é complicado”, resume outra gestora. Pelo menos duas escolas, das sete que ainda estão com aulas remotas, estão em reforma desde dezembro do ano passado, e segundo ela, sem previsão de entrega. “Nas demais, faltam servidores e os gestores têm dificuldade de mantê-las abertas”.
Fonte: Diário Do Estado