Uma gestante moradora de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, sofreu com a falta de atendimento em uma unidade de saúde. Depois de precisar andar cerca de 30 minutos para chegar no PSF Paraíso, na parte central do município, ela acabou não recebendo atendimento.
A situação da saúde em Senador Canedo
Gestante, Grazielle foi a pé do Residencial Ecológico Araguaia até o PSF Paraíso no início da manhã desta quarta-feira, 1º. Com um atraso de um mês no pré-natal, porque não consegue marcar um horário, o serviço de saúde conseguiu um encaixe para ela nesta quarta, mas não havia nenhum profissional disponível.
“Precisava de um pediatra e um ginecologista com urgência, mas não consegui vaga. Quando cheguei (no local) às 7h em ponto, já não tinha senha mais”, detalha Grazielle.
Carmem Tânia, uma voluntária em Senador Canedo há oito anos, também contou ao Diário do Estado (DE) que a saúde da cidade teve vários problemas nas gestões passadas. Essas questões deixaram o município em “decadência”. No PSF Paraíso, por exemplo, não há pediatras e são poucos os profissionais que trabalham no local.
Nesta manhã, ela chegou à unidade de saúde às 7h e recebeu a notícia de que não receberia o atendimento. Isso, levando em conta que precisou se deslocar de seu bairro, o Residencial Buriti, que não possui posto de saúde, só para levar um “não”.
No entanto, Carmem faz questão de ressaltar que o problema não está nas funcionárias que trabalham no PSF Paraíso, pois trata-se de um problema crônico. “Não é a primeira vez que acontece. Já fui outras vezes e tive de chegar e ir embora por não ter como marcar porque já tinha acabado as senhas. A médica que atende seis bairros não atende todos os dias”, completou a mulher.