Município será investigado por destruir pista de caminhada feita pela Petrobrás, e que estava em perfeito estado, para dar lugar a outra, ao custo de R$ 800 mil
A 4ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo está investigando denúncia de desperdício de dinheiro público na obra da nova pista de caminhada da Avenida Dom Emanuel, na região Central, ao custo de R$ 800 mil, uma vez que a antiga pista, feita pela Petrobrás em 2019, estava em perfeito estado de conservação. A investigação é feita pelo promotor Glauber Rocha Soares, em substituição na 4ª Promotoria, responsável pelo Patrimônio Público.
De acordo com informações da Promotoria, Glauber Rocha solicitou informações sobre a obra à Prefeitura Municipal de Senador Canedo e aguarda o envio dos documentos para a “adoção de medidas cabíveis”.
O site do Alexandre Braga denunciou que a obra era desnecessária e que falta planejamento nas ações da administração de Fernando Pellozo (PSD). Foi o jornalista também quem fez a denúncia ao MPGO.
Morador de Senador Canedo, ele está atento aos problemas enfrentados pela população e lembra que, enquanto a prefeitura investe R$ 800 mil em uma nova calçada da pista de caminhada do Centro, ruas de setores periféricos estão esburacadas e sem manutenção.
Além disso, a Maternidade Aristina Cândida, fechada abruptamente pela administração de Fernando Pellozo em agosto de 2021, segue sem prestar atendimentos. As grávidas, desde então, precisam ser transferidas para Goiânia para terem seus filhos. Infelizmente, pelo menos duas, perderam as crianças por falta de assistência imediata.
Confira no vídeo o que foi feito com a pista:
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Canedo Fest, a outra investigação
Prefeitura e prefeito Fernando Pellozo também são alvo de apuração de irregularidade em relação ao Canedo Fest Show, realizado entre 31 de maio e 5 de junho, em comemoração ao aniversário de 33 anos do município. Na ocasião, o prefeito decidiu cobrar ingressos da população, nos valores de R$ 30 e R$ 50, para que assistissem aos shows, já pagos inteiramente com dinheiro público e sem realização de processo licitatório para a contratação dos artistas.
Após denúncia do Diário do Estado (DE), o MP entrou em ação, solicitando documentação e explicações da prefeitura e do prefeito. Sob pressão, Pellozo refluiu da intenção de cobrar entrada dos canedenses, que precisaria levar dois quilos de alimentos não perecíveis para entrar no local do evento. Os produtos arrecadados seriam doados à Central Única das Favelas de Goias (Cufa-GO) e às secretarias de Ação Social e de Assuntos Comunitários da Prefeitura de Senador Canedo.
Fernando Pellozo ainda tentou enganar a população dizendo ter sido dele a iniciativa de não cobrar os ingressos, o que foi desmentido pelo jornalista Alexandre Braga, em matéria publicada no DE. A apuração do caso ainda está em curso por parte do Ministério Público de Goiás.